Que a cibersegurança é de extrema importância para as empresas todos nós sabemos, porém o que nem todas as empresas lembram-se é sobre a criação de uma cultura de cibersegurança.
Segundo dados da Check Point Research, os ataques globais aumentaram 28% no terceiro trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período de 2021. A média de ataques semanais por organização em todo o mundo atingiu mais de 1.130 ataques. Atualmente, não se pensa mais SE seremos atacados, mas QUANDO seremos atacados. É fato que os hackers não dormem e estão sempre à espreita, tentando violar os sistemas de todas as empresas que conseguirem. Ainda nesta pesquisa, em relação às estatísticas sobre o Brasil, o levantamento da divisão CPR apontou que, em média, as organizações no país foram atacadas 1.484 vezes semanalmente, um aumento de 37% comparado ao período do terceiro trimestre de 2021.
Por isso, construir e instituir a importância da cibersegurança nas ações rotineiras de toda a organização torna-se natural. O melhor é mostrar a todos os colaboradores que a segurança agrega valor aos resultados da empresa, principalmente quando fala-se sobre dados da própria empresa e, também, de clientes, estes confiaram suas informações
Outro ponto que se destaca é prover para as equipes que por algum motivo são de alto risco de ataque, experiência em segurança, treinamentos e desenvolvimento na área, isso permite que as empresas tenham as pessoas certas em áreas onde a empresa mais precisa de proteção de valor.
Como criar uma cultura de cibersegurança
Quando pensamos em cibersegurança é comum que sejam lembradas as medidas técnicas, como antivírus, firewall, intrusion prevention system, etc. Não está incorreto, mas a segurança cibernética está muito além das medidas básicas para ajudar a proteger os negócios. Ela envolve, também, as ações cotidianas que cada um toma para evitar que algo maior aconteça.
Pense só: você recebe um e-mail desconhecido e clica no link, nada acontece e você segue sua vida. Dias depois, você descobre que um hacker estava silenciosamente “infiltrado” na sua rede usando sua nuvem sem que você percebesse. Como você descobriu?! Ele gastou um valor exorbitante no seu provedor cloud e agora quem paga a conta é você.
É totalmente possível criar uma cultura de cibersegurança em uma empresa. Um ponto de destaque no início é lembrar a todos que a cibersegurança não é apenas uma responsabilidade técnica, mas também uma responsabilidade cultural. É importante que todos os colaboradores estejam cientes dos riscos cibernéticos e da importância de proteger os dados da empresa. Isso inclui treinamento e conscientização dos colaboradores para identificar e evitar ameaças cibernéticas, bem como uma política clara de segurança cibernética para garantir que todos estejam alinhados com os objetivos de segurança da empresa.
De acordo com uma publicação recente, da Forbes Technology Council, a chave para criar uma cultura influente de cibersegurança é reconhecer que as pessoas podem representar uma formidável primeira linha de defesa na proteção contra ataques cibernéticos.
A porta de entrada dos hackers
A principal porta de entrada dos hackers em empresas é geralmente através de vulnerabilidades de segurança nos sistemas e aplicativos da empresa. Isso inclui vulnerabilidades de software, como falhas de segurança no sistema operacional ou aplicativos, bem como vulnerabilidades de hardware, como falhas de segurança em dispositivos de rede.
Relatório recente da Verizon (Data Breach Investigation Report – 2022) reforça a informação de que o comportamento dos funcionários continua sendo um fator crítico para a defesa cibernética de uma organização, já que 82% das violações de dados em 2021 envolveram um “elemento humano”. Errar é humano, principalmente quando falamos em ações que nem sempre temos certeza ou percepção de que podem afetar diretamente o funcionamento de um sistema empresarial.
É importante ter um ponto de maior foco em manter sistemas e aplicativos atualizados e corrigindo rapidamente quaisquer vulnerabilidades descobertas. Além disso, é importante implementar medidas de segurança robustas, como criptografia, autenticação de usuário, proteção de endpoints e monitoramento de segurança para proteger contra ataques.
Ferramentas de segurança são fundamentais para a linha de defesa cibernética, pois fornecem as medidas técnicas necessárias para proteger a empresa contra ameaças cibernéticas. No entanto, é igualmente importante ter um plano de treinamentos com foco em conscientização, pois ajuda a garantir que todos os colaboradores estejam cientes dos riscos cibernéticos, permite que estes possam detectar ataques e saibam como agir de forma segura. Isso inclui treinamento sobre como identificar e evitar ameaças cibernéticas, bem como treinamento sobre a política de segurança cibernética da empresa.
As chances de que as empresas se tornem cada vez mais orientadas a dados e cibersegurança nos próximos anos são grandes, isso demanda um ecossistema completo de segurança. Com a crescente quantidade de dados gerados e armazenados digitalmente, as empresas estão se esforçando para coletar, armazenar e analisar esses dados de maneira eficiente para obter insights valiosos.
Além disso, com o aumento dos riscos de ciberataques e violações de dados, as empresas estão se concentrando em fortalecer sua segurança cibernética para proteger seus sistemas e dados. O que faz com que ter uma cultura voltada para a proteção dos dados seja crucial, não importando o tamanho da empresa.
Por onde começar?
Conforme o foco nos meios digitais cresce, os cibercrimes aumentam proporcionalmente. Com as demandas e processos digitais sendo cada vez maiores, o campo de oportunidades dos criminosos fica ainda maior. Segundo pesquisa da Mckinsey, no atual ritmo de crescimento, os danos causados por ataques cibernéticos chegarão a cerca de US$ 10,5 trilhões anualmente até 2025 — um aumento de 300% em relação aos níveis de 2015. Os hackers estão constantemente desenvolvendo novos tipos de ataques e técnicas de invasão, por isso é importante estar sempre atento e se manter atualizado sobre as últimas ameaças. Isso inclui acompanhar as últimas tendências do setor, bem como se envolver em comunidades de segurança cibernética para compartilhar conhecimento e aprender sobre as novas ameaças. Além disso, é importante contar com ferramentas de monitoramento e detecção de ameaças para identificar e responder rapidamente a qualquer ataque.
Um planejamento de cibersegurança eficaz deve começar com uma análise de risco para identificar os principais riscos cibernéticos enfrentados pela empresa. Isso deve incluir uma avaliação dos sistemas e aplicativos críticos, bem como das informações confidenciais da empresa.
Com base nessa análise de risco, deve-se desenvolver uma estratégia de segurança cibernética que inclua medidas técnicas, como criptografia na rede, firewalls, autenticação de usuário e monitoramento de segurança, bem como medidas de conscientização, como treinamento e políticas de segurança cibernética. Além disso, é importante ter um plano de resposta a incidentes cibernéticos para garantir que a empresa esteja preparada para lidar com qualquer ameaça cibernética.
Fazendo a abordagem correta e contando com uma infraestrutura de TI, os colaboradores se tornam uma fonte de controle de segurança bastante eficaz. O principal passo para criar uma cultura influente de cibersegurança é o reconhecimento de que as pessoas são parte prioritária na proteção contra ataques cibernéticos, trabalhando em conjunto com as ferramentas.
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