O termo ataque hacker se refere a tentativas maliciosas de comprometer sistemas digitais, roubar dados, interromper operações ou obter ganhos financeiros ilícitos. Com a crescente digitalização dos negócios, esses ataques se tornaram mais frequentes, sofisticados e devastadores.
Nos últimos meses, três incidentes colocaram esse tema em destaque:
- Invasão à C&M Software, empresa ligada ao sistema PIX, com um desvio de mais de R$ 500 milhões;
- Vazamento de 1,3 TB de dados da Dell, comprometendo registros de clientes e documentos internos;
- Exploração de vulnerabilidades em servidores SharePoint da Microsoft, impactando centenas de empresas.
Esses casos reforçam uma dura realidade: nenhuma empresa está imune, nem mesmo gigantes da tecnologia.
Principais tipos de ataque hacker
Entender os diferentes tipos de ataques é o primeiro passo para se proteger:
1. Phishing
- Golpes disfarçados de e-mails, mensagens ou sites legítimos, que visam enganar usuários para roubar senhas e dados pessoais.
- Muito comum em fraudes bancárias e invasões corporativas.
2. Ransomware
- Criminosos sequestram os dados e exigem resgate em criptomoedas.
- Exemplo recente: o grupo ThreatSec alegou autoria do vazamento na Dell, embora a natureza exata ainda esteja sob investigação.
Leia também: “Manual de sobrevivência ao ransomware: como agir antes, durante e depois de um ataque?”
3. Ataques de engenharia social
- Envolvem manipulação psicológica de pessoas para obter acesso privilegiado.
- Foi a técnica usada no caso da C&M Software (com a cooperação de um “insider”).
4. Exploração de vulnerabilidades
- Invasores exploram falhas conhecidas (ou não) em sistemas e softwares desatualizados ou mal configurados, como no caso da Microsoft onde servidores Sharepoint desatualizados foram o ponto de entrada.
5. Ataques internos (insiders)
- Funcionários ou ex-funcionários que vendem acessos ou colaboram intencionalmente com criminosos.
Por que os ataques hackers estão aumentando?
Diversos fatores explicam o crescimento desses crimes digitais:
Fator | Descrição |
Digitalização acelerada | Empresas migraram para o digital sem investir proporcionalmente em segurança |
Dados mais valiosos | Informações pessoais, corporativas e bancárias são altamente lucrativas |
Insiders (Ameaças internas) | Ameaças internas têm crescido e exigem atenção especial |
Falta de cultura de cibersegurança | Treinamentos e processos são negligenciados. Falhas humanas ainda são o elo mais fraco |
Uso de IA por criminosos | Hackers agora usam inteligência artificial para automatizar ataques |
Ataque hacker à Dell: o que aconteceu?
Segundo o artigo da TecMundo, a Dell sofreu um ataque de ransomware em junho de 2025 que resultou no vazamento de 1,3 terabytes de dados. Entre os arquivos expostos estavam informações de clientes, documentos internos e registros de compra.
O ataque foi conduzido por um grupo hacker chamado ThreatSec, que explorou uma falha em um servidor de suporte da empresa. O incidente gerou impacto direto na reputação da marca e chamou atenção para a importância da proteção de ambientes expostos e monitoramento constante de ativos digitais.
Falha de segurança da Microsoft expõe SharePoint
De acordo com o InfoMoney, quase ao mesmo tempo, a Microsoft foi alvo de um ataque hacker que explorou falhas em servidores SharePoint, impactando empresas que utilizavam versões desatualizadas da plataforma.
A vulnerabilidade permitiu o acesso não autorizado a servidores corporativos de clientes, gerando preocupação global sobre a falta de atualização e monitoramento em aplicações críticas. O caso reforça a importância de manter ambientes seguros, atualizados e bem configurados.
O ataque à C&M Software e o risco da cadeia de fornecimento
Em uma matéria da Exame, o ataque hacker à C&M Software, fornecedora conectada ao ecossistema do PIX, foi descrito como um dos maiores golpes já registrados no país. Um insider vendeu credenciais e facilitou o roubo de cerca de R$ 1 bilhão em contas-reserva do Banco Central, sendo que aproximadamente metade desse valor pertencia a uma única instituição.
O caso evidenciou falhas graves em autenticação, engenharia social e ausência de monitoramento contínuo. Acima de tudo, mostrou que não basta proteger a própria empresa, é preciso blindar também a cadeia de parceiros e fornecedores.
Esse tipo de crime, conhecido como ataque à cadeia de suprimentos (supply-chain attack), vem crescendo justamente por explorar terceiros como porta de entrada para ambientes críticos.
Como prevenir um ataque hacker na sua empresa
Aqui estão cinco pilares estratégicos para reduzir o risco de invasões:
1. Implemente autenticação multifator (MFA)
- Mesmo que a senha seja roubada, o acesso é bloqueado com essa camada adicional.
- A Skyone oferece integração com sistemas robustos de identidade e gestão centralizada de acessos.
2. Monitore 24/7 com um SOC
- O Security Operations Center (SOC) detecta e responde a ameaças em tempo real, com análise proativa e dashboards de visibilidade.
- Com o SOC da Skyone, as empresas têm acesso a uma equipe de especialistas que atuam continuamente para reduzir riscos operacionais.
3. Realize simulações de phishing
- Treinamentos e testes controlados ajudam a fortalecer a conscientização dos colaboradores.
- A Skyone conduz campanhas recorrentes de phishing, com relatórios detalhados e sugestões de melhoria por perfil de risco.
4. Use análise comportamental (UEBA)
- Tecnologia de “User and Entity Behavior Analytics” detectam comportamentos anômalos (fora do padrão), sinalizando riscos antes que eles se concretizem.
- A Skyone combina modelos de aprendizado de máquina (IA) com UEBA para identificar desvios de padrão em usuários, aplicações, acessos e sistemas.
5. Mantenha sistemas atualizados
- Aplicar correções de segurança é vital para fechar brechas exploráveis.
- Com serviços gerenciados, a Skyone garante atualizações contínuas e monitoramento dos ambientes em nuvem e on-premises, reduzindo a superfície de ataque.
Checklist de segurança cibernética
Use esta lista para avaliar o nível de proteção da sua empresa:
Todos os sistemas estão com patches e atualizações aplicadas?
Há controle de identidade e MFA implementado em todos os acessos críticos?
Existe monitoramento contínuo de ameaças por especialistas (SOC)?
Os colaboradores passam por treinamentos frequentes e testes de phishing?
Fornecedores e parceiros passam por avaliações de segurança?
Há visibilidade centralizada dos riscos cibernéticos?
A empresa conta com um plano de resposta a incidentes estruturada?
O que podemos aprender com esses ataques?
Os casos da Dell, Microsoft e C&M Software mostram que a prevenção é sempre mais barata que o prejuízo. Além disso:
- Segurança não é apenas tecnologia. É processo, cultura e parceria.
- Ter apenas um antivírus já não é suficiente.
- As empresas precisam estar preparadas antes do ataque hacker acontecer.
- Blindar o ecossistema de parceiros e fornecedores é tão importante quanto proteger a própria empresa.
- Investir em serviços gerenciados de cibersegurança é uma decisão estratégica, e não apenas um custo técnico.
Conclusão: ataque hacker é questão de “quando”, não “se”
Os ataques recentes à Dell, Microsoft e C&M Software escancararam uma verdade incômoda: não importa o porte da empresa, se ela é digital, ela é um alvo. E muitas vezes, o elo mais fraco não está na infraestrutura, mas nos acessos, nas pessoas e nos parceiros conectados.
Enquanto isso, os ciberataques evoluem. Hoje, cibercriminosos usam inteligência artificial para automatizar invasões, explorar brechas antes mesmo que sejam documentadas e executar campanhas de engenharia social cada vez mais convincentes.
Nesse cenário, confiar apenas em medidas básicas, como antivírus ou firewalls isolados, é o mesmo que trancar a porta da frente e deixar a janela aberta.
A Skyone desenvolveu soluções em cibersegurança para empresas que não podem correr esse risco. Nosso portfólio vai além da detecção de ameaças: entregamos uma estrutura completa de defesa cibernética pronta para agir, com:
- Resposta a incidentes estruturada
- Monitoramento contínuo com SOC
- Detecção de anomalias com IA e UEBA
- Simulações reais de phishing e educação contínua
- Proteção desde a nuvem até os endpoints
- Controles robustos de identidade e acesso
Sua empresa está realmente protegida contra o que está por vir? Agende uma conversa com nosso time e descubra como antecipar o próximo ataque hacker, antes que ele aconteça.
Autor
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Raquel é diretora de marketing com 15 anos de experiência em empresas de tecnologia B2B de alto crescimento. Atua no desenvolvimento de estratégias integradas de geração de demanda, ABM, conteúdo e posicionamento de marca, com foco em expansão e aceleração de resultados. Ao longo da carreira, liderou times, impulsionou lançamentos e apoiou a entrada em novos mercados. Acredita que marketing vai muito além de números, é sobre conectar pessoas, resolver problemas e acelerar histórias de sucesso.