De barreira à inteligência: o papel do NGFW em um mundo de tráfego criptografado

1. Introdução 

Se esconder fosse um superpoder, o tráfego criptografado seria o mestre da camuflagem. Em teoria, ele protege. Na prática, também pode disfarçar. E esse paradoxo é o novo ponto cego da cibersegurança corporativa.

De acordo com o TLS Telemetry Report 2023, da Sophos, mais de 90% do tráfego de internet no mundo já é criptografado. A princípio, parece um avanço, afinal, ninguém quer seus dados expostos. Mas o que acontece quando até as ameaças passam despercebidas por trás dessa criptografia? O que acontece quando o firewall que deveria proteger não consegue sequer ver o que entra e sai da sua rede?

É o que vem acontecendo em muitas operações críticas, inclusive em ambientes que dependem de ERPs como TOTVS e SAP, onde qualquer falha de visibilidade pode abrir espaço para movimentos laterais, vazamentos ou invasões silenciosas. O problema não está só no volume de ameaças, mas na forma como elas se disfarçam.

É nesse cenário que o NGFW se posiciona não mais como uma muralha, mas como um sistema de inteligência ativa. Ele é um firewall que não apenas bloqueia, mas observa, aprende, reage e protege com base em contexto e comportamento.

Se você ainda associa firewall a uma simples barreira, talvez seja hora de enxergar além. E a gente te mostra como!

Vamos lá?

2. O que é, afinal, um Next Generation Firewall (NGFW)?

Durante muito tempo, bastava um firewall para proteger o perímetro da empresa. Ele bloqueava acessos não autorizados com base em regras fixas e simples, como endereços IPs e portas. Essa foi a primeira geração: um controle básico, que funcionava bem quando o mundo digital ainda era previsível.

Com a segunda geração, os firewalls começaram a entender o contexto das conexões, identificando, por exemplo, se uma solicitação fazia parte de uma comunicação legítima ou era uma tentativa isolada de invasão. Eles analisavam o estado das sessões, mas ainda operavam de forma limitada, sem visibilidade sobre o conteúdo real do tráfego.

Hoje, esse modelo já não dá conta. O tráfego é criptografado por padrão, os acessos vêm de múltiplos dispositivos e locais, e as ameaças se disfarçam com cada vez mais sofisticação. É nesse ponto que surge a terceira geração: o Next Generation Firewall (NGFW).

O NGFW combina o que os firewalls anteriores faziam, além de adicionar o que eles nunca conseguiram: inspeção profunda de pacotes, análise comportamental, visibilidade sobre tráfego cifrado, integração com inteligência de ameaças e resposta automatizada a riscos reais.

Mais do que bloquear, o NGFW entende o ambiente: analisa padrões, detecta anomalias e reage com inteligência. Isso transforma a lógica do firewall, de uma ferramenta reativa em um ponto de decisão estratégica dentro da arquitetura de segurança.

Em vez de trabalhar no escuro, o NGFW “acende as luzes” e ajuda a proteger o que realmente importa, mesmo quando tudo parece invisível.

Mas o que exatamente torna essa nova geração tão diferente na prática? É o que vamos explorar a seguir.

3. Funcionalidades que diferenciam o NGFW

Em um cenário onde ameaças se camuflam em tráfego cifrado, usuários acessam sistemas de qualquer lugar e a superfície de ataque muda a cada nova integração, o que define uma solução de segurança não é mais apenas a barreira, e sim, sua capacidade de observar, entender e reagir em tempo real.

O NGFW entrega exatamente isso: uma combinação de inteligência, visibilidade e resposta automatizada, integrada à operação. A seguir, exploramos os recursos que o tornam essencial para qualquer empresa que precisa proteger dados, infraestrutura e aplicações críticas com eficiência e clareza.

3.1. Inspeção profunda de pacotes (DPI)

O NGFW vai além da filtragem tradicional. Com a inspeção profunda de pacotes, o chamado DPI (Deep Packet Inspection), ele analisa não só os cabeçalhos, mas o conteúdo completo do tráfego que circula pela rede. Comandos, arquivos e fluxos suspeitos passam a ser verificados com mais precisão, mesmo quando estão disfarçados em protocolos legítimos.

Segundo o State of Network Threat Detection 2024, 49% das empresas ainda dependem apenas de inspeção superficial. Isso cria brechas que podem ser exploradas por malwares e ataques que não são detectados por assinaturas tradicionais.

Com o DPI, o NGFW identifica essas anomalias em tempo real. Isso faz toda a diferença em ambientes críticos, como ERPs, onde movimentações atípicas ou comandos fora do padrão podem indicar riscos sérios, mesmo em conexões aparentemente legítimas.

3.2. Monitoramento de tráfego criptografado (SSL/TLS inspection)

A criptografia se tornou a nova norma da internet corporativa. Hoje, cerca de 85% do tráfego global está criptografado, segundo a A10 Networks. Esse avanço é essencial para garantir privacidade e integridade de dados, mas também cria um desafio real: como proteger o que não se pode ver?

Os firewalls tradicionais não conseguem inspecionar conexões cifradas. E é justamente nesse espaço invisível que muitas ameaças se escondem. O NGFW muda esse jogo ao realizar inspeção SSL/TLS de forma controlada. Ele examina o conteúdo criptografado em tempo real, sem afetar a performance da rede nem comprometer a confidencialidade.

Esse tipo de visibilidade é indispensável em ambientes como ERPs. Com o volume e a criticidade das transações, deixar zonas de tráfego sem inspeção é um risco que nenhuma operação pode assumir. O NGFW devolve esse controle, enxergando o que antes passava despercebido.

3.3. Prevenção de intrusões (IPS) com bloqueio automatizado

Nem toda ameaça “chega gritando”. Algumas se disfarçam, sondam brechas e tentam se infiltrar devagar, até encontrar um ponto vulnerável. Por isso, mais do que detectar comportamentos suspeitos, é fundamental reagir com rapidez.

O NGFW integra sistemas de prevenção de intrusões (IPS – Intrusion Prevention System) que não apenas identificam tentativas de ataque, mas bloqueiam automaticamente comportamentos fora do padrão. Isso vale para escaneamentos de portas, exploração de vulnerabilidades, movimentos laterais e outros sinais que indicam uma tentativa real de invasão.

Segundo estudo da Palo Alto Networks, empresas que usam NGFW com IPS incorporado relatam redução de até 60% nos incidentes que exigem ação manual e menor tempo de exposição a ameaças ativas. Essa automação é ainda mais valiosa em ambientes complexos, como TOTVS ou SAP, onde o impacto de um incidente pode ser crítico para a operação.

Ao eliminar o tempo de resposta entre a identificação e a reação, o NGFW ajuda a manter a rede protegida — mesmo enquanto os ataques tentam, silenciosamente, avançar.

3.4. Machine learning para detecção adaptativa

O que mais desafia a segurança hoje não são só os ataques conhecidos, mas os que ainda estão surgindo. Novas variantes, novos padrões, novas formas de escapar da detecção. É aí que entra o poder do machine learning no NGFW.

Com algoritmos de aprendizado contínuo, o NGFW identifica padrões de comportamento da rede e detecta desvios que indicam ameaças, mesmo quando não há uma assinatura definida. Ele aprende com o uso real, entende o que é “normal” e age quando algo foge desse padrão.

Essa capacidade adaptativa é fundamental para antecipar ataques sofisticados, como movimentos laterais dentro da rede, tentativas de escalonamento de privilégios ou persistência silenciosa. Segundo estudo publicado no arXiv, firewalls com machine learning são capazes de reconfigurar regras de segurança em tempo real, ajustando a proteção conforme o comportamento do ambiente.

Em um cenário onde o tráfego muda o tempo todo e as ameaças se reinventam, contar com uma solução que aprende junto com a sua rede não é mais diferencial: é necessidade.

3.5. Controle granular por aplicação, usuário e contexto

Em ambientes corporativos modernos, nem todo acesso é igual, e nem toda permissão deve ser tratada da mesma forma. Um dos diferenciais do NGFW é permitir o controle granular das conexões, considerando não apenas a aplicação ou o destino, mas também quem está acessando, de onde, quando e em que condições.

Com essa inteligência contextual, é possível criar políticas de segurança muito mais alinhadas à realidade do negócio. Por exemplo: liberar acesso ao ERP somente durante o expediente, limitar funções administrativas a dispositivos corporativos ou restringir conexões externas fora da rede autorizada.

Esse tipo de segmentação reduz a superfície de ataque e melhora significativamente a governança, além de facilitar a adoção de estratégias como Zero Trust. Segundo análise da Gartner, a personalização de políticas por identidade, contexto e risco é um dos pilares das arquiteturas de segurança modernas, especialmente em ambientes híbridos e com múltiplas integrações SaaS.

Com o NGFW, segurança e flexibilidade caminham juntas, sem travar a operação, mas com o controle certo no momento certo.

3.6. Integração com SIEM, SOAR, XDR e outros sistemas

A segurança digital não pode mais funcionar em silos. Em um cenário onde a superfície de ataque cresce a cada nova conexão, a integração entre ferramentas é o que garante velocidade, contexto e efetividade na resposta. E é nesse ponto que o NGFW se destaca.

Ele foi projetado para atuar como parte de um ecossistema maior, conectado de forma nativa a plataformas como SIEMs (que monitoram e correlacionam eventos), soluções de SOAR (que automatizam respostas) e ambientes XDR (que ampliam a detecção para múltiplos vetores).

Na prática, isso significa que um alerta gerado pelo NGFW pode acionar ações automáticas, como isolamento de um endpoint, bloqueio de um IP malicioso ou notificação prioritária ao time de segurança, tudo isso em segundos. Segundo a consultoria Harrison Clarke, 61% das empresas já utilizam alguma forma de orquestração automatizada de segurança, e a tendência é de crescimento acelerado nos próximos anos.

Essa integração transforma o firewall em mais do que um ponto de controle. Ele passa a ser “um nó inteligente” em uma rede de decisões coordenadas — com menos esforço humano, mais precisão e muito mais agilidade.

Depois de conhecer tudo o que o NGFW é capaz de fazer, fica claro: não estamos mais falando de uma ferramenta isolada, mas sim de uma camada viva de proteção, que interpreta, reage e se conecta ao que acontece dentro e fora da rede.

Mas o que isso representa, de fato, para o negócio? Quais são os ganhos tangíveis além da tecnologia? A seguir, mostramos como o NGFW transforma visibilidade e resposta em vantagem estratégica.

4. Benefícios estratégicos para empresas que adotam NGFW

Adotar um NGFW não é apenas uma atualização de firewall. É uma mudança na forma como a segurança se conecta ao negócio, com mais contexto, previsibilidade e precisão na resposta a riscos.

Veja o que muda de forma concreta quando essa tecnologia entra em ação:

  • Você sabe o que está acontecendo, mesmo com tudo criptografado: com a inspeção de tráfego SSL/TLS, o NGFW permite analisar conexões que antes eram invisíveis para a equipe de segurança. Isso reduz significativamente os pontos cegos da rede, e amplia a capacidade de detectar movimentações suspeitas que poderiam passar despercebidas;
  • O tempo de resposta deixa de depender de alguém disponível: com prevenção automatizada e machine learning, o NGFW bloqueia tentativas de intrusão no momento em que acontecem, sem depender exclusivamente da reação manual da equipe. Isso reduz o tempo de exposição e alivia a sobrecarga operacional;
  • As políticas de acesso ganham precisão: é possível aplicar regras específicas por usuário, aplicação, horário e localização, sem depender de configurações genéricas. Isso é decisivo em ambientes como ERPs, onde o excesso de permissões representa um risco real à integridade do sistema;
  • A segurança se integra à operação, sem atrito: com integração nativa a SIEMs, XDRs e SOARs, o NGFW se encaixa no ecossistema de segurança da empresa, sem criar mais um silo. Isso permite priorizar alertas com mais critério e automatizar respostas com base no contexto;
  • A governança se torna mais viável em redes híbridas e ambientes regulados: seja por exigência legal ou necessidade interna, o controle de dados e acessos exige rastreabilidade. O NGFW contribui diretamente para esse cenário, oferecendo logs detalhados, segmentação e suporte à conformidade, sem depender de recursos externos.

A partir do NGFW, a segurança deixa de ser uma camada isolada para se tornar uma função inteligente da infraestrutura. Isso não é sobre prometer proteção total: é sobre garantir decisões mais conscientes, mesmo sob pressão.

Até aqui, mostramos o que o NGFW entrega como estrutura. Agora, vamos aos contextos em que essa estrutura realmente importa?

5. Casos de uso: onde o NGFW faz a diferença

Segurança não pode ser genérica: ela precisa fazer sentido no contexto da operação. E é nisso em que o NGFW se destaca, já que ele se adapta a diferentes realidades, setores e ritmos, sem perder o controle.

A seguir, listamos algumas situações onde essa tecnologia passa de recurso técnico para aliado estratégico:

  • Ambientes com alto volume de dados cifrados: empresas que movimentam milhares de transações por minuto (como e-commerces, bancos digitais ou plataformas de pagamento) não podem depender de visões parciais. O NGFW inspeciona o que antes era invisível, identificando anomalias mesmo em tráfego criptografado;
  • Redes com múltiplas unidades e acessos descentralizados: para grupos educacionais, redes de saúde ou operações logísticas com filiais e equipes externas, aplicar a mesma política de segurança em todos os pontos é um desafio. O NGFW resolve isso com controle por identidade e contexto, independentemente do dispositivo ou da localização;
  • Empresas que precisam proteger sistemas críticos sem parar a operação: no setor Industrial, no Agronegócio ou em grandes grupos varejistas, sistemas de ERP não podem falhar. Então, o NGFW atua de forma preventiva, detectando comandos fora do padrão, acessos atípicos ou tentativas de movimentação lateral, sem travar a operação nem gerar alertas irrelevantes;
  • Ambientes regulados que precisam de rastreabilidade e controle fino: hospitais, fintechs, grupos educacionais e escritórios jurídicos lidam com dados sensíveis sob pressão regulatória. Com logs completos, segmentação e políticas detalhadas, o NGFW ajuda a manter o ambiente auditável, sem transformar a conformidade em um gargalo;
  • Estruturas que precisam fazer mais com menos: times de TI reduzidos, startups em expansão ou operações com orçamento enxuto podem usar o NGFW como apoio tático. Ele automatiza respostas, filtra o que realmente importa e reduz o esforço manual da equipe — tudo isso sem abrir mão da inteligência.

E entre todos esses cenários, há um ponto em comum que merece atenção redobrada: os sistemas de ERP. Neles, o que está em jogo não é só a segurança da informação: é a estabilidade da operação inteira. Quando falamos em TOTVS, SAP e outros sistemas de missão crítica, qualquer perda de visibilidade pode significar perda de faturamento, de rastreabilidade ou de confiança.

Vamos entender por que proteger esse ambiente exige mais do que bloqueio!

6. Como proteger ERPs com tráfego criptografado: o novo imperativo

Se até agora falamos de visibilidade, controle e resposta em tempo real, há um ambiente que coloca todas essas capacidades à prova: o ERP.

Sistemas ERPs, como TOTVS e SAP, não são apenas mais um componente da infraestrutura. Eles concentram decisões financeiras, operacionais e fiscais. São acessados por diversas áreas, integram com fornecedores, comunicam com serviços externos e rodam, muitas vezes, 24 horas por dia. Qualquer erro de segurança ali pode significar perda de dados, paralisação ou falha no compliance. E quase tudo isso acontece por meio de conexões criptografadas.

Infelizmente, isso cria um ponto cego, já que APIs, integrações, consultas e ações críticas fluem por sessões SSL/TLS que firewalls tradicionais não conseguem inspecionar. E sem essa visibilidade, comportamentos fora do padrão (como escalonamentos de privilégio ou comandos indevidos ao banco de dados) podem passar despercebidos.

O NGFW resolve esse impasse ao combinar inspeção em tráfego cifrado com análise contextual. No contexto do ERP, isso significa:

  • Entender se uma consulta incomum ao banco é legítima ou sintoma de comprometimento;
  • Identificar acessos por usuários ou dispositivos fora do comportamento habitual, mesmo que com credenciais válidas;
  • Aplicar regras diferentes para acessos administrativos, integrações via API ou conexões externas, com base no risco de cada cenário;
  • Rastrear comandos e interações entre módulos internos, especialmente quando o sistema é acessado por múltiplas áreas e sistemas externos.

Não estamos falando apenas de barrar ataques. Estamos falando de garantir que o sistema mais estratégico da empresa continue íntegro, auditável e sob controle, mesmo quando tudo parece funcionar normalmente.

Entendeu por que o NGFW deixou de ser uma recomendação técnica para se tornar uma base operacional?

7. O papel do NGFW na arquitetura de segurança da Skyone

Na Skyone, enxergamos segurança não como uma barreira, mas como uma orquestra que precisa tocar em sincronia, com cada componente fazendo sua parte, no tempo certo. E o NGFW é como um maestro nessa composição, regindo o que entra, o que sai e o que não deveria estar ali — no entanto, ele não atua sozinho.

Quando implementado pela Skyone, o NGFW se integra de forma nativa à nossa estrutura de defesa, que combina monitoramento contínuo com resposta automatizada, inteligência distribuída e especialistas que entendem o pulso real da operação. Porque afinal de contas, não basta alertar: é preciso entender o risco, priorizar e agir com precisão.

Isso significa que:

  • O que nosso NGFW vê no tráfego, alimenta decisões em tempo real no nosso SOC 24×7, que monitora e investiga com visão de contexto;
  • O que ele detecta como suspeito, se cruza com dados de EDR, XDR, SIEM e SOAR, formando uma linha de defesa coordenada e autônoma;
  • O que ele permite passar, respeita políticas de acesso baseadas em identidade, local, função e comportamento; tudo dentro da lógica Zero Trust que aplicamos em ambientes críticos como ERPs e redes híbridas.

E é assim que deixamos de depender de reações manuais e passamos a operar com prevenção inteligente, mesmo em ambientes complexos e com equipes enxutas.

No fim, o NGFW da Skyone é mais do que uma tecnologia. Ele é um ponto de inteligência que trabalha junto com tudo que já protege a sua operação, e que se adapta conforme ela evolui.

Quer entender como isso funciona na prática para o seu cenário? Fale com um dos nossos especialistas e descubra nosso plano sob medida para proteger o que realmente importa para o seu negócio!

8. Conclusão

Durante muito tempo, imaginamos o firewall como uma barreira fixa, como algo que simplesmente impedia o acesso indesejado. Mas em um cenário onde as ameaças são móveis, criptografadas e muitas vezes disfarçadas de tráfego legítimo, proteger passou a exigir mais: agora é necessário contexto, inteligência e resposta em tempo real.

Foi exatamente isso que buscamos abordar neste artigo. O NGFW representa essa nova abordagem, combinando inspeção profunda, aprendizado contínuo, controle contextual e integração com outras camadas de proteção. Ele não só enxerga o que antes era invisível, como age com precisão, sem depender exclusivamente de reações humanas ou regras estáticas.

No entanto, essa tecnologia não atua sozinha. Ela é parte de uma engrenagem coordenada, que conecta análise, orquestração e automação para proteger ambientes críticos, como sistemas ERPs e infraestruturas híbridas, com mais clareza e menos ruído.

Agora que você já conhece o potencial estratégico de um firewall de última geração, que tal seguir aprofundando seu conhecimento sobre proteção digital? Leia nosso outro artigo sobre cibersegurança, “Ataque hacker: entenda os riscos e como se proteger”, e saiba como identificar e reagir a ameaças cada vez mais sofisticadas.

FAQ: perguntas frequentes sobre NGFW

Quando falamos de NGFW, muita gente ainda associa o termo a “mais um tipo de firewall”. Mas a verdade é que essa tecnologia representa uma virada de chave na forma como protegemos redes e sistemas críticos em tempos de tráfego criptografado e ameaças cada vez mais sorrateiras.

Se você está tentando entender o que realmente muda com o NGFW, e como isso se aplica à sua operação, essas perguntas e respostas vão te ajudar a enxergar com mais clareza.

1) O que é um NGFW e como ele se diferencia de um firewall tradicional?

O NGFW (Next Generation Firewall) é uma evolução dos firewalls tradicionais. Enquanto os modelos antigos se limitavam a bloquear tráfego com base em regras simples (como IP e porta), o NGFW combina inspeção profunda de pacotes (DPI), análise de comportamento, controle por identidade e integração com outras ferramentas de segurança. Ou seja: ele não apenas bloqueia, mas interpreta, aprende e responde com inteligência ao contexto da rede.

2) Como o NGFW inspeciona tráfego criptografado sem comprometer a segurança?

O NGFW realiza a inspeção SSL/TLS por meio de técnicas avançadas que permitem decifrar e analisar o conteúdo criptografado temporariamente, garantindo visibilidade sem comprometer a confidencialidade ou a performance. Esse processo é feito de forma controlada, respeitando políticas de privacidade e conformidade, para identificar ameaças escondidas em conexões cifradas — o que firewalls tradicionais não conseguem fazer.

3) O NGFW é suficiente para proteger sistemas ERP, como TOTVS e SAP?

Sim, desde que esteja integrado a uma arquitetura completa de segurança. O NGFW oferece visibilidade sobre o tráfego criptografado desses sistemas ERPs, identifica comportamentos atípicos, controla acessos por perfil e reage automaticamente a ameaças. Em ambientes críticos como TOTVS e SAP, ele atua como uma camada essencial de proteção, especialmente quando combinado com ferramentas como EDR, SIEM, SOAR e estratégias de Zero Trust.

Autor

  • Caco Alcoba

    Com vasta experiência em cibersegurança, Caco Alcoba é um verdadeiro guardião do mundo digital. Na "Coluna do Caco", no LinkedIn da Skyone, ele compartilha análises afiadas sobre ameaças cibernéticas, proteção de dados e estratégias para manter a segurança no ambiente digital em constante evolução.

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