Avaliação de riscos em segurança da informação: guia passo a passo

Com o crescente volume de informações digitais e a sua importância no cenário corporativo, desenvolver uma estratégia eficaz de segurança da informação tornou-se uma necessidade inquestionável. 

Mas antes de montar uma estratégia de proteção, é preciso realizar uma avaliação de riscos. Isso porque essa análise determina potenciais falhas, vulnerabilidades e ameaças aos dados e informações de uma empresa. 

Assim, ela é o início do processo para a implementação de práticas robustas de segurança que vão reduzir o risco de violações de dados e fortalecer a confiança de clientes e parceiros. 

Por isso, neste guia, montamos um passo a passo com tudo o que você precisa saber para realizar uma avaliação de risco em segurança da informação de forma eficaz. Confira!

O que é avaliação de riscos em segurança da informação?

A avaliação de riscos em segurança da informação é um procedimento que tem como objetivo identificar e analisar potenciais ameaças aos ativos de informação de uma organização.

Através dessa avaliação é possível tomar decisões estratégicas para reduzir riscos, implementando medidas de segurança adequadas e protegendo seu negócio contra perdas financeiras, ataques cibernéticos, danos à reputação e interrupções nas operações.

Objetivos principais de uma avaliação de riscos:

  • Identificação de ativos: identificar as informações cruciais da empresa, como propriedade intelectual, dados de clientes, etc;
  • Identificação de ameaças: identificar as diversas formas pelas quais as informações podem ser comprometidas;
  • Análise de vulnerabilidades: verificar as fragilidades nos sistemas que podem ser exploradas por possíveis ameaças;
  • Avaliação de impacto: avaliar a probabilidade de ocorrência de uma ameaça e o impacto resultante;
  • Priorizar os riscos: classificar os riscos identificados segundo sua gravidade para determinar a necessidade de tratamento.


Passo 1: Identificação dos ativos

A primeira etapa para uma avaliação de riscos eficaz é identificar todos os ativos de informação da organização, sejam eles físicos ou digitais. 

Isso inclui dados confidenciais (como informações de clientes e registros financeiros), sistemas de TI, hardware, software, redes e qualquer outra informação que seja essencial para o funcionamento do negócio.

A partir desta identificação, é possível rankear os mais valiosos para montar uma estratégia certeira de defesa. 


Importância dos ativos

Os ativos são elementos importantíssimos para uma organização e incluem componentes como hardware, software, dados e infraestrutura. 

Eles são a espinha dorsal das operações de negócios e sua identificação adequada permite que uma empresa reconheça quais recursos precisam de proteção e qual o nível dessa proteção.

Além disso, há a questão regulatória. Diversas leis determinam que as empresas identifiquem e protejam seus ativos de informação, como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) aqui no Brasil.


Métodos de identificação

Existem diversas maneiras para identificar ativos. Organizações frequentemente empregam uma combinação de métodos como:

  • Inventário de ativos: listagem e catalogação detalhada dos ativos de TI, incluindo hardware, software, redes e sistemas;
  • Mapeamento de redes: uso de ferramentas para descobrir dispositivos e serviços conectados;
  • Análise de fluxos de dados: identificação dos dados que fluem pela organização, incluindo sua origem, destino e tipo de informação;
  • Classificação de dados: revisão e categorização de informações com base em sua confidencialidade, integridade e disponibilidade;
  • Entrevistas com stakeholders: conversas com funcionários de diferentes departamentos para identificar os ativos de informação que eles utilizam.

A união desses métodos garante uma identificação precisa dos ativos e facilita as etapas seguintes do processo de segurança da informação.


Passo 2: Identificação de ameaças e vulnerabilidades

Após identificar os ativos, é hora de mapear as ameaças e vulnerabilidades que podem colocá-los em risco.

Ameaças são eventos que podem explorar vulnerabilidades, enquanto vulnerabilidades são falhas ou pontos fracos que podem ser explorados por agentes mal-intencionados.

Portanto, fazer um mapeamento detalhado é de suma importância, ainda mais levando em consideração os inúmeros casos de violação de dados e ataques cibernéticos dos últimos anos. 

Em 2022, por exemplo, hackers causaram prejuízos financeiros a 23% das empresas brasileiras, e 78% das organizações sofreram ataques de roubo de dados por e-mail. 


Tipos de ameaças

As ameaças podem vir de diversas fontes, por isso selecionamos as mais significativas: 

  • Falhas humanas: ações acidentais ou negligentes cometidas por funcionários, como o uso incorreto de senhas;
  • Malware: softwares maliciosos incluindo vírus, worms e cavalos de troia que podem causar danos;
  • Ataques de phishing: táticas utilizadas para enganar os usuários e obter informações confidenciais, como senhas ou dados bancários;
  • Ataques de hackers: tentativas de invasão de sistemas e redes para roubar dados, instalar malware ou causar distúrbios;
  • Falhas de hardware e software: problemas técnicos que podem levar à indisponibilidade de sistemas ou à perda de dados.


Análise de vulnerabilidades

Paralelamente à identificação de ameaças, é importante olhar para dentro da organização e detectar as vulnerabilidades dos sistemas já existentes. 

Essa análise pode ser realizada através de ferramentas automatizadas ou manualmente por especialistas em segurança da informação. 

Entre as ações desta etapa de análise estão:

  • Varredura de sistema: utilizar softwares de segurança para detectar as vulnerabilidades existentes nos sistemas da organização;
  • Avaliação de segurança: análise detalhada para identificar áreas críticas e ataques potenciais.

Entender tudo isso possibilita que as empresas se preparem melhor contra incidentes de segurança, garantindo assim a integridade e a confidencialidade dos seus dados e sistemas.


Passo 3: Avaliação da probabilidade e impacto

Após a identificação dos riscos, chega o momento de avaliar tanto a probabilidade quanto o impacto de cada risco identificado.

Essa etapa é crucial para priorizar os riscos e tomar as medidas de mitigação mais adequadas.


Determinação da probabilidade

A probabilidade de uma ameaça se concretizar pode ser determinada com base em diversos fatores como: histórico de incidentes, controles de segurança existentes, setor de atuação e valor dos ativos. 

Assim, essa etapa envolve uma análise cuidadosa das condições existentes. 

As probabilidades podem ser classificadas em termos qualitativos, como ‘baixo’, ‘médio’ e ‘alto’, ou quantificados em termos percentuais.

  • Baixa: menores de 10%
  • Média: entre 10% e 50%
  • Alta: maiores de 50%


Avaliação do impacto

A avaliação do impacto considera as consequências de uma ameaça se materializar. O impacto pode ser avaliado em termos financeiros, prejuízo à reputação, interrupção operacional, entre outros. 

No caso de uma violação de dados, por exemplo,  os impactos financeiros podem abranger desde despesas com multas e indenizações até a perda de clientes.

Por sua vez, os danos operacionais podem resultar em sistemas indisponíveis e redução na produtividade.

Além disso, o impacto na reputação da marca pode acarretar danos à imagem e minar a credibilidade da empresa.

Existem diferentes categorias para classificar os impactos consequentes de uma ameaça. São elas: ‘insignificante’, ‘moderado’, ‘significativo’ ou ‘crítico’. 

  • Insignificante: efeitos menores que não afetam significativamente a organização;
  • Moderado: causam perturbações que podem ser gerenciadas com resposta de risco padrão;
  • Significativo: provocam efeitos substanciais que exigem atenção especial;
  • Crítico: resultam em danos graves que podem comprometer a continuidade do negócio.

Essa análise permite que a organização priorize os riscos que precisam de maior atenção e defina os recursos para a defesa.


Passo 4: Mitigação de riscos

Com base nas avaliações prévias, é possível desenvolver as estratégias de mitigação de riscos. O objetivo é reduzir a probabilidade de ocorrência de ameaças ou minimizar o impacto caso elas se concretizem.


Estratégias de mitigação

As estratégias de mitigação de risco podem ser preventivas ou responsivas. Elas podem incluir a implementação de controles de segurança adicionais, treinamento de funcionários, atualizações de software e políticas de acesso restrito, entre outras ações. 

Estratégias proativas: formadas por ações que visam prevenir incidentes antes que eles ocorram. Incluem a realização de auditorias regulares de segurança e a adoção de firewalls, antivírus e soluções de criptografia; 

Planejamento de resposta: quando um risco não pode ser completamente evitado, estabelece-se um plano de contingência. Este plano define as ações a serem tomadas em resposta a incidentes de segurança, como backups de dados e a ordem em que os sistemas e processos serão restaurados após um ataque, com base na sua importância para o negócio. 


Implementação de controles

Os controles de segurança são medidas técnicas ou administrativas projetadas para prevenir, detectar e responder a incidentes de segurança da informação

Controles técnicos: envolve a implantação de hardware e software, como firewalls, antivírus e sistemas de detecção de intrusões, para proteger contra ameaças de segurança da informação.

  • Ferramentas de criptografia protegem a confidencialidade e integridade dos dados durante a transmissão e armazenamento.

Controles físicos: proteções como controle de acesso físico a centros de dados e armazenamento seguro de mídia removível impedem o acesso não autorizado a recursos críticos.

  • Monitoramento por câmera e autenticação biométrica são exemplos de controles físicos que fortalecem a segurança.

Controles administrativos: procedimentos e políticas garantem que as práticas de segurança estão em conformidade com as normas regulatórias e empresariais.

  • A realização de treinamentos regulares e campanhas de conscientização mantém a segurança da informação como uma responsabilidade compartilhada entre todos os colaboradores.


Passo 5: Monitoramento e revisão

Por fim, é essencial monitorar continuamente os processos de segurança da informação. A avaliação de riscos deve ser revisada periodicamente para garantir que esteja atualizada, eficaz e alinhada com as necessidades em constante mudança da organização e com as ameaças emergentes.


Técnicas de monitoramento

A aplicação de técnicas de monitoramento adequadas é importantíssima. Sistemas de detecção de intrusão, logs de eventos e auditorias regulares são exemplos de como as organizações podem manter um olhar atento sobre a integridade e confidencialidade dos dados. 

Tais técnicas permitem também a identificação de padrões incomuns que possam sugerir uma ameaça iminente ou um incidente de segurança em progresso.


Processo de revisão contínua

É preciso também fazer a revisão contínua da política de segurança da informação, que deve se adaptar e responder prontamente às mudanças no ambiente de negócios e ameaças tecnológicas. 

Isso envolve a atualização frequente de protocolos, lista de ativos, políticas e ferramentas de segurança, bem como a realização de novas capacitações para a equipe. 


Proteja seu negócio com a Skyone

Agora que você compreendeu a avaliação de riscos e sua importância em uma estratégia de segurança da informação, é hora de colocar o conhecimento em prática. Para isso, conte com um parceiro especialista em cibersegurança.

A Skyone oferece soluções avançadas de segurança da informação para ajudar empresas a proteger seus ativos contra ameaças cibernéticas.

Dispomos de uma ampla gama de soluções eficazes e confiáveis para o seu negócio, além de um serviço de análise de ameaças que avalia continuamente a postura de segurança, riscos e vulnerabilidades de diversos ativos digitais, sejam eles externos (públicos) ou internos.


Conclusão

Vimos neste artigo que a avaliação de riscos é parte fundamental dentro de uma estratégia de segurança da informação

É um processo com diversas etapas que busca garantir a proteção dos ativos de informação de uma organização contra ameaças cibernéticas. 

Sua aplicação não apenas assegura a identificação, análise e mitigação dos riscos de segurança de forma eficaz, como também garante a continuidade dos negócios e a confiança dos clientes e do mercado.

Saiba tudo sobre segurança da informação no nosso guia especial!

Como podemos ajudar sua empresa?

Com a Skyone, o seu sono fica tranquilo. Entregamos tecnologia end-to-end em uma única plataforma, para seu negócio escalar de forma ilimitada. Saiba mais!

Skyone
Infinitas possibilidades.

Tudo na vida são possibilidades!

A Skyone está presente em todos os setores da economia, agindo no invisível, fazendo a tecnologia acontecer.

Oferecemos produtividade com nuvem, dados, segurança e marketplace em uma única plataforma. Nunca paramos para que empresas de dezenas de países não parem.

Skyone. Uma plataforma. Infinitas Possibilidades.