Você sabe o quão grave é não estar preparado para enfrentar ciberataques e os danos que essa ausência de cuidado pode trazer para um negócio? Pois é, os riscos cibernéticos possuem consequências cada vez mais graves e não dá mais para fechar os olhos para o assunto.
Hoje, os incidentes de segurança afetam empresas de todos os portes e são frequentemente divulgados na mídia, gerando prejuízo não só no aspecto financeiro, mas também na reputação das empresas envolvidas.
Com esses desafios de segurança impostos, vamos apresentar aqui quais são os riscos cibernéticos mais comuns dos quais sua organização precisa se prevenir e o que fazer para evitar esses ataques.
Quais são os riscos cibernéticos mais comuns?
Em uma explicação rápida, os riscos cibernéticos são tentativas criminosas de danificar, roubar ou destruir dados, comprometendo sites, servidores ou interrompendo infraestruturas inteiras de tecnologia.
Os invasores visam tirar proveito das vulnerabilidades dos sistemas e uma das formas mais comuns que encontram de fazer isso é instalando um código para alterar os dados originais de um computador ou servidor. O resultado é o roubo de informações e a exclusão de acessos.
E sim, as ameaças cibernéticas podem atingir qualquer segmento de mercado ou porte de empresa. Por isso, é necessário estar preparado para todos os tipos de golpes que podem acontecer, dos mais simples até os mais sofisticados.
Aqui vamos falar dos 5 mais comuns. Veja a seguir!
1. Malware
Se você já viu um alerta de antivírus aparecer na sua tela ou se clicou por engano em um anexo de e-mail que parecia suspeito, é provável que já tenha tido um problema com Malware.
Os invasores costumam usar Malwares para se infiltrar nos computadores dos usuários e das empresas porque esse meio geralmente é muito eficaz para os objetivos criminosos.
O termo Malware representa várias formas de arquivos prejudiciais e, uma vez que ele está em seu computador, consegue causar vários tipos de problemas, tais como:
- Assumir o controle de sua máquina;
- Monitorar suas ações e pressionamentos de teclas;
- Enviar silenciosamente todos os tipos de dados confidenciais de seu computador ou rede para a base do invasor.
Os invasores usam vários métodos para colocar um Malware em seu computador, mas ele depende que o próprio usuário execute uma ação para que seja realizada a sua instalação.
Isso pode ser feito ao clicar em um link para baixar um arquivo ou abrir um anexo que pode parecer inofensivo, como um documento do Word ou um PDF que chega por email. Na verdade, por trás desses arquivos, existe um instalador de Malware oculto.
2. Phishing
Quando um invasor deseja que você instale um Malware ou divulgue informações confidenciais, ele geralmente recorre a táticas de Phishing para fingir ser outra pessoa e fazer com que você execute uma ação que normalmente não faria.
Em um ataque de Phishing, um invasor pode enviar a você um e-mail que parece ser de alguém em quem confia, como seu chefe ou uma empresa com a qual você faz negócios.
O e-mail parecerá legítimo e terá algum tipo de urgência. Exemplos disso são e-mails que falam que “foi detectada atividade fraudulenta em sua conta”. No e-mail, haverá um anexo para abrir ou um link para clicar. Ao abrir o anexo malicioso, você instalará o Malware em seu computador.
Como eles estão relacionados com a curiosidade e com os impulsos humanos, os ataques de phishing podem ser difíceis de interromper ou perceber de imediato.
Geralmente, se você clicar no link, ele pode direcioná-lo para um site de aparência legítima que solicita seu login para acessar um arquivo importante. Na verdade, a página é uma armadilha usada para capturar suas credenciais quando você tenta fazer login.
Para combater as tentativas de Phishing, é essencial compreender a importância de verificar os remetentes de e-mail, além dos seus anexos e links.
3. Ransomware
Ransomware é uma forma de Malware que criptografa dados em sistemas de TI depois que eles são infectados. O grande problema é que ele exige o pagamento de um resgate para obter um código para descriptografar o sistema infectado, geralmente para um endereço anônimo usando uma moeda virtual como o Bitcoin.
Muitos dos ataques significativos de segurança cibernética nos últimos anos foram ataques de Ransomware. Um dos exemplos mais conhecidos foi o do WannaCry, Ransomware que surgiu em 2017 e paralisou grandes órgãos públicos em todo o mundo, principalmente na Europa.
4. Reutilização de credenciais
Hoje é comum que os usuários de sistemas tenham tantos logins e senhas para lembrar que se torna tentador reutilizar as credenciais de acesso.
Assim, embora as melhores práticas de segurança recomendem que você tenha senhas exclusivas para todos os seus aplicativos e sites, muitas pessoas ainda reutilizam suas senhas.
Esse é um fato que os invasores adoram. Uma vez que eles conseguem uma coleção de nomes de usuário e senhas a partir de algum site ou serviço violado, eles sabem que se usarem essas mesmas credenciais em outros sites terão boas chances de conseguirem fazer login.
Isso significa que não importa o quão tentador seja reutilizar as credenciais do seu e-mail, conta bancária ou rede social favorita. É possível que um dia esses sistemas sejam invadidos, entregando acesso fácil ao seu e-mail e a conta bancária.
Estar ciente do problema e mitigar o risco desse tipo de ataque acontecer vai melhorar significativamente sua postura de segurança.
5. Ataque de senha
Um ataque de senha, como o nome já diz, acontece quando um invasor tenta adivinhar ou quebrar a senha de um usuário.
Existem muitas técnicas diferentes para fazer isso, e algumas incluem a própria força bruta de tentativa e erro.
As mais usadas estão relacionadas com a pulverização de senha, que tenta fazer o login ao mesmo tempo em várias páginas, e o ataque de keylogger, que captura todas as teclas digitadas pelos usuários infectados para identificar as senhas. E, claro, os invasores frequentemente tentarão usar técnicas de Phishing para obter a senha de um usuário.
4 casos de empresas que sofreram ataques cibernéticos
Agora que você já sabe os principais riscos que existem por aí, conheça alguns exemplos de empresas que foram vítimas de ciberataques e tiveram que arcar com elevados prejuízos.
Separamos aqui 4 casos nos quais cada um desses tipos de ataques foi implementado e gerou sérios problemas para diferentes empresas e organizações.
1. Grupo Fleury em 2021
Sabia que os ataques cibernéticos contra empresas brasileiras que foram notificados cresceram 220% no primeiro semestre de 2021 em comparação com o mesmo período de 2020?
Os dados foram divulgados pelo grupo Mz, que disponibilizou o Estudo com informações sobre Ataques Cibernéticos ocorridos no 1S21 (primeiro semestre de 2021). Esse levantamento foi realizado através de dados coletados pelo sistema de busca do site da CVM – Comissão de Valores Mobiliários, agência regulada pelo Ministério da Economia.
Além das companhias de energia elétrica, que foram as que mais sofreram com os ataques, o setor de saúde foi o segundo mais afetado, com 5 notificações. Todas elas foram realizadas pelo Grupo Fleury, empresa médica e laboratorial.
Segundo a nota da empresa, os sistemas ficaram indisponíveis após tentativas de ataque externo. No mês de junho de 2021, um aviso apareceu no site da empresa comunicando sobre a indisponibilidade dos seus sistemas.
2. CMA CGM, a quarta maior empresa de transporte de contêineres do mundo
Um exemplo recente de ataque com Malware aconteceu em setembro de 2020 com a CMA CGM, a quarta maior empresa de transporte de contêineres do mundo.
A empresa sofreu um ataque cibernético que atingiu diretamente seus servidores, o que levou a uma violação dos seus principais dados.
Isso ocorreu quando um Malware foi usado para atingir os sistemas periféricos da empresa. O site de negócios permaneceu indisponível por pelo menos 2 dias e os clientes foram direcionados para canais de atendimento alternativos da empresa.
3. Ransomware em órgãos públicos brasileiros
No início de maio de 2017, 70 países já registravam ataques do WannaCry. No Brasil, o Ministério Público do Estado de São Paulo, o TJSP, o INSS e muitos outros também sofreram com esse ataque.
Ele atacou da forma tradicional que um Ransomware faz: sequestrou arquivos das máquinas ao criptografá-las e logo depois pedia valores em dinheiro para devolver os arquivos.
Na época, o ataque foi feito em computadores vulneráveis que usavam o Windows Server 2003 sem o último pacote de atualização instalado.
4. O ciberataque mais devastador da história
O ciberataque denominado NotPetya, que também aconteceu em 2017, é conhecido como um dos mais devastadores ao redor do mundo.
Ao compararmos com o WannaCry, existe uma diferença clara. Enquanto aquele criptografava o acesso aos arquivos, o NotPetya fazia o bloqueio total do acesso ao computador. A máquina infectada pelo vírus perdia imediatamente a capacidade de oferecer acesso ao sistema operacional Windows.
Enquanto o WannaCry fazia com que órgãos públicos não tivessem acesso aos arquivos com os dados de cadastro da população, por exemplo, o ransomware usado neste ataque conseguia ocultar o sistema operacional e impedir a vítima de fazer qualquer uso da máquina.
Tudo indica que hackers russos usaram os servidores hackeados da empresa de contabilidade ucraniana Linkos Group para enviar esse código de ataque. Mas ele não se limitou às fronteiras da Ucrânia, também atingindo grandes organizações globais:
- A.P. Møller-Maersk, a maior empresa de transporte marítimo do mundo;
- Merck, empresa farmacêutica norte-americana;
- TNT Express, subsidiária europeia da FedEx;
- Saint-Gobain, empresa de construção francesa;
- Mondelez, produtora de alimentos;
- Reckitt Benckiser, fabricante de produtos de higiene, saúde e nutrição.
Em cada um desses casos, foram apagados milhares de computadores e provocado um prejuízo de centenas de milhões de dólares, seja em negócios perdidos ou em custos de cibersegurança.
Ao todo, uma estimativa da Casa Branca coloca o custo do NotPetya em 10 bilhões de dólares.
Como saber se o seu servidor está seguro?
Percebe-se vital que as empresas tomem todas as medidas necessárias para manterem seus servidores, dados, rede, sistemas e usuários protegidos contra a ameaça de ataques cibernéticos.
Isso significa, por exemplo, manter os softwares atualizados, usando processos seguros como criptografia e autenticação.
É necessário, portanto, seguir boas práticas de atualização e segurança para saber se o seu servidor está seguro ou não.
Além disso, existem recomendações simples que podem ajudar a evitar os riscos cibernéticos, quais sejam:
- Não abrir anexos ou clicar em links em e-mails recebidos de remetentes que você não reconhece. Se fizer isso, informe ao departamento de TI imediatamente para que eles possam ter certeza de que o Malware não foi ativado e liberado;
- Evitar enviar nomes de usuário, senhas, datas de nascimento, dados financeiros ou outras informações pessoais nas respostas de e-mail ou durante telefonemas;
- Criação de senhas fortes para qualquer autenticação de acesso e não usar a mesma senha para várias contas.
Esses são apenas os passos básicos. Para ter uma estrutura completa e segura contra esses ataques, é preciso recorrer a soluções específicas.
Como se prevenir de um ataque hacker?
Como vimos, a melhor maneira de proteger sua empresa dos diferentes riscos cibernéticos é investindo em práticas de segurança e entendendo as vantagens da segurança cibernética.
De pequenas práticas, como instalar e escanear seus sistemas usando um software antivírus confiável, fazer backup de dados da empresa e definir senhas mais fortes, até grandes mudanças, como migrar para a nuvem e ter um provedor de serviços de segurança, há várias opções pelas quais as empresas podem optar.
Aqui vamos detalhar as principais formas de prevenir o seu negócio.
Gerenciamento da superfície de ataque
O Gerenciamento de superfície de ataque externo, também conhecido pela sigla em inglês EASM (External attack surface management), é uma categoria emergente de cibersegurança.
Ela permite que as organizações identifiquem os riscos e vulnerabilidades provenientes de ativos voltados para a internet em sua própria infraestrutura.
Na prática, é um conjunto de processos, tecnologias e serviços implementados para descobrir ativos e sistemas corporativos externos que podem apresentar vulnerabilidades.
Sobre esse tema, a empresa Gartner, líder mundial em pesquisa e consultoria, desenvolveu o relatório “Tecnologias emergentes: percepções críticas para gerenciamento de superfície de ataque externo”.
Esse relatório indica que “o EASM deve ser parte de um esforço mais amplo de gerenciamento de vulnerabilidades e ameaças, com o objetivo de descobrir e gerenciar ativos internos e externos, assim como suas vulnerabilidades em potencial”.
Fonte: Emerging Technologies: Critical Insights for External Attack Surface Management – Published 19 March 2021 – By Analyst(s): Ruggero Contu, Elizabeth Kim, Mark Wah.
Eduque sua equipe sobre os protocolos de violação de dados
Seus funcionários devem estar cientes das políticas de sua empresa em relação a violações de dados.
Considere restringir o acesso aos dados com base em cada uma das funções. Você também deve treinar regularmente os funcionários sobre como se preparar para uma violação de dados ou evitar uma em primeiro lugar.
Ao tomar as medidas certas e preventivamente, sua empresa estará mais bem preparada para se recuperar com sucesso. Caso algo ocorra, conduza verificações de segurança frequentes para ajudar a reduzir a probabilidade de um incidente ocorrer novamente no futuro.
Faça a migração para nuvem
O que as empresas precisam hoje são arquiteturas de defesa em várias camadas que possam não apenas detectar e desviar ataques cibernéticos o mais próximo possível da fonte, mas também escalar para evitar ameaças em grande escala. E é exatamente isso que as soluções de segurança em nuvem oferecem.
Com o uso da tecnologia em nuvem, os dados ficam armazenados em servidores remotos, gerenciados pelo seu provedor de soluções na nuvem.
Para saber como dar esse importante passo e manter os riscos cibernéticos bem longe da sua operação, conheça agora as soluções que a Skyone pode oferecer. Todas elas irão ajudar sua empresa a fazer essa migração e garantir o mais alto nível de segurança.