Ataque Ransomware: cuidado! Sua empresa pode ser o alvo

ataque ransomware

Com o avanço da adoção das novas tecnologias por parte das empresas, surgem novos problemas a serem combatidos. Um deles é o chamado ataque ransomware, um método de invasão que vem crescendo e que tem como alvo os dados das organizações. 

Para você ter uma ideia, somente no Brasil, essas violações têm tomado grandes proporções nos últimos tempos, a ponto de terem feito o país ficar entre os quatro com maiores problemas de ransomware e outros malwares. Segundo uma pesquisa da Microsoft, estima-se o aumento em 30% dessas invasões, só em 2021, acarretando em um prejuízo de R$ 32,4 bilhões só no Brasil.

Dessa forma, apesar de ser um modelo de ataque bastante disseminado, muitos  líderes de organizações ainda têm dúvidas sobre os seus impactos e como combatê-los. Por isso, separamos neste artigo, informações valiosas para elevar o nível de segurança do seu negócio. Continue a leitura e confira!

O que é o ataque ransomware?

Você sabe o que é um ataque ransomware? Já começando com uma analogia, pode-se dizer que esse malware funciona como um sequestro. Isso porque, o objetivo dos sequestradores é sempre pedir resgate por aquilo que tomou a força, não é mesmo? Bem, esse método dos hackers segue a mesma lógica.

A diferença está no fato de que não se trata de uma vítima, mas sim dos dados que essa pessoa ou empresa possuem. Sendo assim, os cibercriminosos buscam afetar computadores que estão desprotegidos e possam conter informações que sejam de valor. 

A palavra “ransom” em inglês pode ser traduzida como “resgate” e o malware recebeu esse nome justamente porque ele força as pessoas a pagarem uma quantia para receber seus dados de volta.

Essa é uma técnica engenhosa, que possui diversas variantes e cada uma delas deve ser tratada de maneira diferente. Mas, antes de saber o que fazer, é preciso entender como esse vírus funciona.

Como ele funciona?

Os cibercriminosos têm colocado pequenas e médias empresas em foco, considerando que essas costumam estar menos preparadas quando pensamos em medidas de segurança e realização de treinamento para os seus colaboradores. 

Por outro lado, as grandes empresas também não estão livres de ameaças. Isso porque os erros humanos ficam em evidência em organizações de qualquer tamanho, já que simples cliques em links errados e senhas fracas funcionam como portas de entrada para esse poderoso malware.

Mas, como ele funciona de fato? Bem, depois de entrar e infectar o computador, alguns dos dados (arquivos) podem ter seus nomes e extensões alterados. Esse é um dos primeiros sinais de que problemas estão ocorrendo. 

Aumento do uso do hardware, como memória e processador, também são indícios da invasão. Isso se deve ao fato de que o cibercriminoso está usando a máquina para arquitetar o seu grande plano: bloquear os dados do computador. 

O golpe final acontece quando, ao tentar abrir algum arquivo específico, é recebida uma notificação de que o mesmo foi criptografado e precisa de uma senha de acesso. Nesse ponto, ataque ransomware pode se diferenciar. Isso porque esses vírus se dividem em quatro categorias: 

  • Blockers: fazem com que todo o PC seja bloqueado, sendo assim o usuário fica impossibilitado de fazer qualquer uso de sua máquina. Eles não são tão comuns quanto os Encrypters, que focam apenas nos dados.
  • A empresa ainda pode correr o risco de ter um Doxware, que além de ameaçar o bloqueio das informações também copia esses dados. A intenção é fazer com que esses arquivos sejam publicados na internet caso o resgate não seja pago.
  • O Scareware, por fim, tem uma abordagem diferente. Nele o usuário invadido recebe uma notificação de que falhas foram encontradas em seu sistema e que para corrigi-las é necessário pagar um valor. 

Assim, apesar de toda engenhosidade tecnológica, é possível ver que na maioria das vezes o real alvo são pessoas despreparadas. Afinal, algumas podem acreditar na mensagem de um Scareware e outras podem simplesmente não ter se preparado para um ataque ransomware.

Como o ataque ransomware prejudica empresas?

Para se ter uma ideia dos impactos negativos de um ataque ransomware,  destacamos aqui dois casos que aconteceram recentemente.  

Em outubro de 2021, a Atento, empresa de call center, sofreu um grande ataque ransomware. 

Para ela, era fundamental garantir que seus dados não fossem vazados, o que resultou na interrupção de todas as conexões com os seus clientes. Ou seja, mesmo com protocolos de segurança ágeis, a empresa teve de lidar com uma pausa nos trabalhos.

Outro caso, também ocorrido em 2021, foi o da JBS. A maior processadora de carne do mundo teve seu sistema invadido por um ataque ransomware, que pausou todas as operações em diversos países, como Estados Unidos e Austrália. 

Para piorar a situação, como informou o portal G1, a empresa relata ter pagado cerca de 11 milhões de dólares para resgatar seus dados. Valor esse que poderia impactar e até exterminar a operação de diversas pequenas e médias empresas. 

Quais os custos e perigos envolvidos em um ataque ransomware?

Tanto o vazamento de dados, quanto a necessidade de recuperá-los, envolvem riscos e custos bastante elevados. Por isso essas invasões precisam ser prevenidas ou remediadas ainda nos primeiros estágios.

Além disso, os custos de resgate podem ser altos e na maioria das vezes pagá-los não deve ser uma opção. Isso porque além de estar perdendo uma quantia enorme, a empresa está alimentando um dos crimes cibernéticos que mais cresce.

Isso sem contar que é preciso confiar no hacker, que ele irá liberar os arquivos após o pagamento – o que pode não acontecer. Esses acabam sendo os custos éticos e financeiros diretos, mas ainda existem outros problemas. 

Quando há o vazamento de dados, as empresas ainda podem sofrer um duro golpe na sua reputação e credibilidade. Além disso, existem os impasses com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). 

Mas então, como proteger a sua empresa de ataques ransomware?

Não existe um método 100% eficaz para garantir que um ataque ransomware não irá acontecer. Afinal, os erros humanos são os grandes acarretadores. No entanto, sempre existem medidas de segurança que devem ser tomadas para proteger o seu sistema de invasões. 

A primeira coisa que deve ser implementada é o treinamento e capacitação da sua equipe. 

Seja em pequenas empresas ou grandes negócios, para funcionários com o básico  de conhecimento em informática ou equipes especialistas em TI, todo conhecimento é válido para garantir melhor eficiência na proteção dos sistemas. 

Nesse sentido, diversos especialistas da área citam a falta de preparo do Brasil como o maior causador do elevado número de invasões, e uma forma de combater esse cenário é justamente através da capacitação dos colaboradores. 

No mais, proteger sua empresa de ataques ransomware envolve estratégias robustas de defesa como adoção de acessos mais complexos ou limitação de transferência de dados por agentes de baixa permissão. 

Além disso, o uso de backups em nuvem também pode garantir maior segurança, pois seus dados estão duplicados no serviço e isso fará com que a operação não pare, caso os dados sejam roubados.

Na prática, percebe-se que todas essas medidas são complementares para criar um ambiente realmente seguro e mitigar as chances de ataques cibernéticos.

Como proceder em caso de ataque ransomware?

Em casos de ataque ransomware é preciso promover uma detecção rápida baseada em premissas já citadas neste artigo. Identificação de arquivos se comportando de forma estranha, uso elevado de hardware repentino, acessos indevidos na rede, etc. 

O caso da Atento mostra um pouco do que pode ser feito. Eles bloquearam a conexão com todos os agentes externos, evitando que dados pudessem ser vazados e que até o próprio vírus pudesse ser transferido de alguma forma para outros sistemas. 

Após a detecção de uma invasão, é hora de saber qual vírus infectou o computador ou a rede, para então agir na desencriptação dos dados. Nem sempre isso será possível, mas é um caminho a ser seguido para evitar o máximo de contato com o hacker. 

Também é de suma importância verificar se não houve vazamento de dados antes da adoção da quebra de comunicação com outras redes. Isso pode ser feito por meio dos rastros deixados pelo malware.

Os caminhos são muitos, por isso especialistas devem ser acionados nesse momento. 

Segurança em data center: os dados do seu negócio estão protegidos?

Data center locais podem não ser a melhor opção para proteger os dados de um ataque ransomware. Isso se deve ao fato de que eles dificilmente possuem backups externos e uma infecção pode se espalhar por todo o sistema rapidamente.

Nesses casos, a empresa está à mercê de um combate eficiente ou terá de pagar o resgate ao invasores. As ações acabam sendo limitadas, devido a falta de conectividade e também baixa redundância do sistema. 

Dessa forma, além de promover mais segurança aos dados, os data centers na nuvem apoiam na otimização das operações, como o armazenamento de dados, mais segurança e economia nos custos dos escritórios, dentre outras vantagens para o crescimento do negócio.

Por que migrar para a nuvem pode ser uma solução?

Migrar para a nuvem pode ser uma das soluções para minimizar ataques ransomwares por diversos fatores. O primeiro é que as empresas que realizam esses serviços estão sempre atentas à questão da segurança, afinal isso faz parte do seu produto e de sua identidade.

Outra questão é que haverá uma redundância maior dos dados, como backups mais eficientes e que não estarão localizados em um único data center. Além disso,  especialistas em nuvem possuem experiência e diversas certificações que garantem um uso seguro e eficiente neste ambiente.

No entanto, é sempre importante ressaltar que apenas a adoção de soluções na nuvem pode não ser o suficiente. Isso porque é fundamental que um conjunto de boas práticas sejam desenvolvidas, como é o caso do treinamento dos colaboradores e utilização de camadas extras de proteção, através, por exemplo, de soluções EDR. 

Por isso, é fundamental que os dados em cloud estejam sempre sob monitoramento por uma equipe especializada e comprometida com as principais medidas de cibersegurança. Nesse contexto, a migração se torna uma solução bastante eficaz contra um ataque ransomware. 

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